Entre tornados, terremotos e canetas de juízes

Numa semana em que assistimos a tantas mais denúncias...
Tantos jogos políticos e o direito de muitos que escorrerem pelas canetas de juízes... 

Podemos entender que passamos por muitos tufões, tornados e terremotos, antes que eles chegassem aos Estados Unidos ou México.

E o que aprendemos com isso? 
O que podemos fazer para que esse cenário nos seja menos incômodo?

Alguns diriam que nos falta ímpeto, paixão... mobilizar, gritar ou esbravejar, não importa... afinal, queremos que nos ouçam.
Corremos o risco de  sermos taxados de  reacionários ou blasés.

Outros entoam que nos falta ação... ir pras ruas, ganhar pessoas e juntar as vozes.
Nisso, corremos o risco das bombas, tiros e peças manipuladas nas tvs e jornais.

Para uns e outros isso já seria muito e demais...

Não há consenso entre os extremos da vida... onde, na teoria e na prática, óleo e água continuam a ter densidades diferentes.

Se o cenário exterior não nos agrada...não seria interessante propor mudanças de dentro pra fora?

Cada um no movimento conjunto de cuidar da própria vida...
Do eu interior melhor e menos ego?

Com mais gente e menos ego, talvez fossemos ouvidos de outras formas...mobilizaríamos mais e melhor.

Veja bem, não estou apregoando alienação... ao contrário, quero realização.

Ou seja, ação na realidade... para que a ação do futuro se construa.

Não basta rodopiar, xingar, reclamar...isso já fizemos e fazemos demais.

A ação na realidade começa por mim e por você...
De dentro para fora...

Mudando e melhorando seu interior... quanto mais gente entende isso, mais pessoas teremos comungando da mesma energia.

Do mesmo movimento...e se tivermos essa fagulha, a ignição do motor volta a ativa e poderemos seguir em frente.

Olha pra dentro, mudar de dentro pra fora não é e nem nunca será um processo fácil.

Não queremos e mais, até fugimos disso...

Olhar pra dentro é ter auto-responsabilidade...é encarar que deixamos, muitas vezes, o outro fazer de nós algo que não queremos.

Sem auto-responsabilidade só procuramos culpados... e pregando vários Cristos na cruz, voltamos a uma realidade triste e sem mudança.

Se você e eu nos olharmos com amor e compaixão...sem indulgências.
Se você e eu assumíssemos nossas responsabilidades...

Se você e eu mergulhássemos dentro de nós...numa viagem profunda de conhecimento de si próprio... o olhar pra fora e para o outro, mudaria.

Deixaríamos de ter cores nos meses...rosa, azul, amarelo e branco...vermelho e preto.

Para ter ações da realidade da própria casa, família, círculo de amigos...
Seríamos mais abraços e cheiros...
Seríamos mais colos e chamegos...

Seríamos mais braços, mãos e pés... pra obra, caminhada ou corrida.

Passaríamos a nos ver em irmandade, em parceria...

Entendendo que a ação na realidade é hoje...no aqui e agora...com o que temos.

Não esperando que nosso complexo de controle nos empurre... não, isso já foi longe demais.

Realização... em prol de todos...minorias que já são maiorias.

Ação na realidade...sem que você fosse lesado nos seus direitos ou eu, nos meus.

Todos os direitos...dos sociais aos humanos.

Desse jeito mudaríamos o externo... o cenário, o cotidiano e a vida...

Cada um em seu mergulho interior, seria mais humano...menos competitivo do alto da sua toga de juiz social.

Passaríamos a nos fazer companhia, entendendo que juntos somos um e somos mais.




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