Canções de liberdade
Dias atrás
caminhando no parque, eu tive a percepção exata do quanto nos privamos e
cerceamos uns aos outros.
Triste
isso?! Sim...eu sei.
Quantas
vezes você se pegou "felizão" na rua a cantar...
Estilo
Zeca Baleiro, a levar flores às autoridades...
Engraçado
agora mas se aprofundarmos a reflexão e discussão a respeito, nós podemos até
finalizar na "bad".
Não é
esse o caso e muito menos a intenção...
A
ideia aqui é me fazer (e você, de quebra, caro leitor!) lembrar do quanto nos
limitamos.
Medo
do social...do julgamento que nos tora a alma.
Do
riso alheio ou da falta de humanidade.
Ah,
não dá pra bancar o reativo e dizer "Faço sim e faço mais...afinal,
ninguém paga minhas contas!".
Fica
feio e chato...julgamo-nos assim como os outros fazem.
Ser
reativo é reagir negativamente... usando da legalidade do ato ou fato para "dar
na cara" com uma resposta ríspida.
E como
fazer isso?! Agora sim, você vai entender o início que se deu no parque...
Caminhando,
eu tive momentaneamente a companhia de um velhinho que passou ao meu lado.
Num
ritmo frenético, o bom caminhante tirou onda no fôlego de tal forma que ainda
cantava.
Passou
por mim, sorrindo deu bom dia e continuou sua música: Aqueles olhos verdes...
Linda
canção das antigas que ele entoava no direito de ser livre.
Se
fosse eu, por pura bobagem, teria parado de cantar.
Não
que cante mal, mas por ter companhia desconhecida...
Sem
reação ou passividade, melhor é ser feliz...Pensei, rindo de mim e da vida.
Como o
velhinho que, captou a boa mensagem, o importante é viver simples.
Quer
cantar, cante...
Quer
dançar, dance...
Quer
amar, ame...ainda que sozinho...a humanidade precisa disso tanto quanto eu e
você.
Lá
fora tem monstros de olhos sociais prontos a nos devorar...como os domamos?!
Cantando
lindas canções que nos façam ser cada vez mais livres...
Uma
liberdade sentida e responsável...
Para a
paz e o bem...
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